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Não existe tempo certo para se preparar para o futuro financeiramente. O importante é começar a poupar e, se possível, o quanto antes, para ter o mínimo de segurança e tranquilidade quando a idade já
estiver avançada, a pessoa não tiver condições de
trabalhar ou o orçamento ficar mais apertado.
Segundo o diretor de Vida, Previdência, Capitalização e Odonto da MAPFRE, André Serebrinic, existem muitas formas
de se organizar e que o grande desafio
está na educação financeira.
Na entrevista abaixo, o especialista dá
orientações sobre diferentes tipos de investimentos, seguros e como as pessoas podem
se proteger diante de situações adversas.
• Na sua opinião, qual é a melhor idade para ter um
planejamento financeiro, pensando na
previdência privada?
Não existe idade certa, mas sempre digo que quanto
antes melhor para ter uma base financeira que possa dar segurança futuramente.
No caso da Previdência Privada, os pais ou
responsáveis podem investir em planos
para seus filhos, quando ainda crianças.
As parcelas podem ser menores no início e aumentar gradativamente à medida que eles adquirem autonomia e independência. O montante também pode ser usado na fase de
faculdade, por exemplo, dando mais equilíbrio ao orçamento familiar.
Para jovens que estão ingressando no mercado de
trabalho, a dica é estabelecer um
percentual da remuneração a ser destinada ao plano de previdência e não deixar de atualizar o valor das contribuições ao longo dos
anos.
Existem duas modalidades de previdência, o PGBL
(Plano Geral de Benefícios Livres) e o VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres), e não há reajuste automático pela inflação. Portanto, o participante do plano deve prever um ajuste.
Para escolher entre o PGBL e o VGBL, o jovem deve
levar em consideração o modelo de declaração de imposto de renda. De forma geral, a primeira opção é indicada para quem faz a
declaração completa; e o segundo, para os que optam pela simplificada.
Mesmo quando a pessoa já estiver usufruindo da
aposentadoria, é preciso cuidar do orçamento e adequá-lo aos gastos mensais.
• E para poupar em fundos de investimentos? Qual
é sua orientação?
Primeiramente, é necessário conhecer seus objetivos
e estabelecer estratégias para cada um deles. Existem fundos de investimento para diversos perfis e, além disso, com valores
iniciais bastante acessíveis para quem está começando a trabalhar ou adequados ao pequeno poupador.
Quem quer estabelecer um colchão de liquidez, ou seja, ter resultados no curto prazo, a dica
é investir em fundos mais conservadores,
com renda fixa pós-fixada, como os
DI, que têm rentabilidade esperada
próxima à taxa de juros CDI (média dos juros praticados pelos Certificados de Depósitos Interbancários).
Os que visam
rentabilidade no médio prazo, a indicação é seguir com fundos
com um pouco mais de risco. Esse perfil de investidor, normalmente, já conta com liquidez adequada às suas necessidades por meio dos fundos conservadores. Assim, os fundos multimercados alocam os
ativos de suas carteiras em diversos mercados, como renda variável (ações
em bolsa), renda fixa (ativos pré e pós-fixados), moedas, inflação, commodities, ativos no exterior, entre outros.
Já as pessoas que almejam retornos maiores - e contam um horizonte
de tempo mais elevado e aguentam as oscilações do mercado -, podem buscar investimentos em Renda Variável e/ou Previdência Privada.
• E no caso dos seguros, como o de Vida, por exemplo, como eles entram no planejamento financeiro?
É importante que haja entendimento de que
o aporte em seguros significa proteção contra imprevistos que podem ocorrer. Além disso,
é preciso entender também que cada
solução financeira tem uma finalidade específica, que não pode ser
confundida. Contudo, assim como os
Investimentos e a Previdência Privada, o seguro de Vida deve fazer parte de um bom planejamento financeiro.
Os seguros de Vida têm a finalidade de garantir a
tranquilidade de um cliente que tenha
pessoas dependentes financeiramente contra imprevistos como morte, invalidez e doenças.
Para jovens que ainda não têm dependentes, a cobertura por invalidez ajuda a cobrir custos inesperados devido a um acidente grave ou, até mesmo,
por uma doença. Para os que têm filhos e
cônjuge, a cobertura beneficia os dependentes em caso de morte do contratante. Existem também apólices
com cobertura para quem adquire doenças graves, podendo ser utilizado em qualquer fase da vida.
Hoje, o consumidor também pode optar pelo Seguro de
Vida Resgatável e reaver parte do que
pagou em vida. Nessa linha, a MAPFRE
oferece o Bien Vivír, que tem o prêmio
nivelado. Ou seja, o preço não aumenta
com a idade e ainda uma parte das reservas acumuladas podem ser resgatadas.
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